Kotor/Perast, 12/06/2016
Chegamos em Budva, Montenegro, no dia 11/06/2016 a noitinha e fomos direto para o hotel. No dia seguinte de manhã partimos para visitar Kotor e Perast.
Antes da excursão partir para Kotor/Perast, aconteceu um imprevisto, a guia local teve problemas de saude. Foi chamada outra guia substituta, as pressas. Isso atrasou nossa saida.
A guia substituta se chamava Melitsa (“Melissa”, como ela informou…). Era uma moça trintona, alta, magérrima, bonita e com ares riponga dos anos 70. Muito espirituosa, inteligente e sempre tinha uma bem humorada e irônica resposta para tudo.
Kotor é uma cidade pequena, de uns 15 mil habitantes. É habitada desde o ínicio do Império Romano. Em 535 D.C. o imperador romano Justinano construiu em Kotor uma fortificação, fazendo ali um posto militar.
Entre 1420 a 1797 Kotor fez parte da República de Veneza. Neste período, foi atacada pelos turcos otomanos em 1538 e 1657 mas resistiu aos ataques. Em 1563 e 1667 foi quase que totalmente destruída por terremotos.
Kotor é um importante porto turístico, recebendo grandes navios de cruzeiros. Alguns navios chegam com 2,5 mil passageiros, nestas ocasiões a cidade, que é pequena, vira um caos.
O porto de Kotor recebe transatlanticos.
Portal de entrada para a cidade velha, em Kotor – Montenegro
Acima do portão de entrada (Porta do Mar), a inscrição foi colocada, após a Segunda guerra, “Não queremos o que é dos outros, jamais desistiremos do que é nosso”, uma frase de Tito. Não conheço o idioma Montenegrino, acho que é muita coisa para 4 palavras, mas é o que diz a Wikipedia.
Praça de armas (Trg oz Oružja) em Kotor, Montenegro
Torre do relogio na Praça de Armas, em Kotor, Montenegro
A Catedral Católica de São Trifão foi construida em 1166. Em 1667 sofreu grandes danos com um terremoto. Na reconstrução, a torre barroca a direita substituiu o estilo arquitetonico romano original, a da torre esquerda.
Catedral de São Trifão (St. Tryphon´s Cathedral), na Praça de Armas, Kotor – Montenegro
Catedral de São Trifão, em Kotor, Montenegro.
Restos de mosaico entre as colunas, que sobreviveram ao terremoto de 1667.
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A igreja católica de São Lucas foi construida em 1195. Não sofreu grandes danos no terremoto de 1667. No século XVII ela foi compartilhada entre os Ortodoxos e católicos. .
Igreja de São Lucas (St. Luka´s Church) em Kotor, Montenegro
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Ainda em Kotor, visitamos o pequeno Museu Marítimo.
Maquete de uma caravela, no Museu Maritimo, Kotor, Montenegro
Cantaros antigos, no Museu Maritimo, Kotor, Montenegro
Secção de armas no Museu Maritimo, Kotor, Montenegro.
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Fortificação veneziana em Kotor, Montenegro.
Fortificações no alto das montanhas, em Kotor, Montenegro
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Terminada nossa visita a Kotor, seguimos até a minúscula Perast, a poucos quilometros. Nossa passagem por Perast se resumiu no almoço e um breve passeio pela orla marítima.
Por ser um excelente porto marítimo, Perast foi cobiçado por muitos impérios. No século X era dominado pelo Imperio Bizantino. Em 1186 tornou-se cidade independente, permanecendo assim até 1371. Entre 1420 a 1797 caiu sob o dominio da Republica de Veneza. Entre 1807 até 1814 os franceses dominaram a cidade, e entre 1815 até 1918 o domínio foi da Austria.
Perast, Montenegro
Perast, Montenegro
Após almoço e breve passeio, o nosso grupo embarcou para rumar até a ilha artificial Nossa Senhora das Pedras (Island of Our Lady of the Rocks).
Em frente a Perast existem duas ilhotas, uma delas é a Ilha Nossa Senhora das Rochas. O local era usado para descarte de velhas embarcações, que ali eram afundadas. Era então uma espécie de “lixão”. Mas, reza uma lenda que a ilha foi feita através de séculos por marinheiros e pescadores locais. Um deles havia encontrado uma estátua de Nossa Senhora sobre uma rocha no meio do mar em 22 de julho de 1452. A partir de então, após voltarem do mar, sãos e salvos, se dirigiam ao local para agradecer à Nossa Senhora, e ali deixavam uma pedra. Esta pedra seria uma espécie de testemunho, de marca de passagem. Para relembrar esta história, todos os anos, em 22 de julho é feita uma procissão, com todos os participantes levando sua pedra.
Ilha e Igreja da Nossa Senhora das Rochas.
Em 1632 sobre a ilha que se formou, foi construída a Igreja de Nossa Senhora das Rochas. Em 1722 a igreja foi ampliada.
A igreja guarda um famoso tecido bordado por Jacinta Kunic Mijovic, uma habitante de Perast. Este bordado foi feito ao longo de 25 anos. Ela iniciou o trabalho quando seu noivo partiu para uma viagem, e prometeu faze-lo até o dia que ele voltasse. Passaram-se 25 anos e o dito cujo não voltou. Jacinta abandonou o bordado, pois ficou cega. Ela usou no bordado fios de seus cabelos. Com o passar do tempo, o cabelo embranqueceu, e por isso o bordado tem detalhes prateados de seus cabelos brancos. A nossa guia Melitsa ironizou essa história, dizendo que Jacinta era uma pessoa ingênua, e que se fosse ela, já tinha mandado o noivo às favas já antes do primeiro ano de ausência.
A tapeçaria bordada por Jacinta K. Mijovic
Terminada a visita a ilha, embarcamos para retornar a Perast. Passamos ao lada da Ilha Sta. George, que é um monastério.
Após nossa visita a Perast, retornamos a Budva a tardinha, lá chegando as 17:00.
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