terça-feira, 6 de setembro de 2016

Josip Tito Broz


Josip Tito Broz - o ditador da Iugoslavia


Adorado por quase todos dos países balcãs (antiga Iugoslávia), Josip Tito Broz era filho de pai Croata e mãe eslovena. Nasceu em 1892. Criou-se na zona rural, e em 1907 foi morar em Sisak, onde trabalhou como aprendiz de maquinista. Ali envolveu-se em movimento operário e com sindicalistas. Em 1910 ingressou no Partido Social Democrata da Croácia. Trabalhou em 1911 e 1913 na Alemanha e Austria. 






Em 1913 juntou-se ao Exercito Austro-Hungaro, que dominava a Croácia. Na Primeira Guerra Mundial, em 1915, foi ferido e aprisionado pelos Russos. Foi enviado aos temidos campos de trabalhos forçados da Russia, de onde escapou em 1917. Uniu-se aos bolcheviques, e com a queda do czar acabou se saindo bem e ingressando no Partido Comunista Russo.

Em 1920 já casado com uma russa, retornou a Iugoslávia, onde ingressou na Liga dos Comunistas da Iugoslávia. Em 1925 empregou-se em um estaleiro e pouco depois foi eleito presidente do Sindicado. Liderou greves, foi despedido e mudou-se para Belgrado, onde trabalhou numa fábrica ferroviária.

Em 1928 foi preso por atividades ilegais e agitação social.

Em 1935 Tito voltou a Russia, residindo em Moscou, onde tornou-se membro do Partido Comunista da União Soviética e do serviço secreto soviético, o NKVD. No ano seguinte, o PC Russo envia ele a Iugoslávia, com a missão de reorganizar o partido da Liga Comunista. Em 1937 foi nomeado chefe da Liga.

Em 1941 o exército alemão, com apoio da Hungria e Italia, invade a Iugoslávia. Atacado por todos os lados, as forças da Iugoslávia sucumbiram rapidamente. Em 17 de abril de 1941, com a fuga de importantes autoridades iugoslávas, entre eles o Rei Pedro II, os alemães dominaram oficialmente Belgrado e todo territorio Iugoslavo.

Com a ajuda da Russia, Tito organizou a resistencia contra a ocupação. Ele formou exércitos de partisans (civil que se junta a um grupo de resistencia, formando um exercito improvisado) que passaram a praticar guerrilha e sabotagem contra os alemães. Tito organizou várias unidades partisans na Iugoslávia ocupada, e acabou conquistando o apoio dos paises aliados. Em setembro de 1944 os partisans, com ajuda das tropas russas que desembarcaram na Iugoslávia, expulsam os russos.

Com a Iugoslávia livre dos alemães, o Rei Pedro II retornou do exilio. Entretanto Tito já havia instalado um governo provisório, constituido por representantes do goveno monárquico em exilio e chefiado pelo próprio Tito. Entretanto, Tito forçou um prebiscito para determinar qual forma de governo teria a Iugoslávia, comunista (chefiado por ele próprio) ou monarquista (pelo Rei Pedro II). Obviamente, na condição de heroi da resistencia nacional, de libertador da Iugoslávia (enquanto o rei se refugiou no exilio), Tito teve uma vitória esmagadora, decretando o fim da monarquia.

Após a vitória eleitoral, Tito foi confirmado como primeiro-ministro da Iugoslávia Democrata e Federativa. O país receberia um novo nome — República Federal Popular da Iugoslávia. Em 29 de novembro de 1945, o rei Pedro II foi finalmente deposto pela Assembleia Constituinte

Nos primeiros anos do pós-guerra, Tito era amplamente considerado um líder comunista extremamente leal a Moscou, era visto apenas atrás de Stalin na liderança do Bloco do Leste. Com a derrubada de aeronaves americanas que sobrevoavam o território iugoslavo, as relações com o Ocidente se prejudicaram, empurrando Tito para uma conflituosa aliança com Stalin, que considerava o líder iugoslavo demasiado independente.

Em 1948, motivado pelo desejo de construir uma economia forte e independente, Tito modelou o desenvolvimento econômico de seu país independentemente de Moscou. Tito quis tomar o sistema soviético como exemplo, mas desenvolve uma forma diferente de socialismo. Neste mesmo ano, a Iugoslávia rompeu com a Russia de Stalin. Este, enviou várias missões a Belgrado, a fim assassinar Tito, mas todas falharam.

Após a morte de Stalin, Tito se reaproximou da Russia.
Tito mantinha um pé no comunismo e outro no capitalismo, mantendo relações com Moscou e Washington. Chegou a ser capa das revistas Time e Life, fato inédito para um lider comunista.




Tito faleceu em 1980, aos 88 anos. De seu funeral participaram quatro reis, 31 presidentes, seis príncipes, 22 primeiros-ministros e 46 ministros estrangeiros, vindos de ambos os lados da Guerra Fria, de 128 diferentes países. Os iugoslavos se orgulham disso, “o maior funeral de todos os tempos”. Entre os presentes estavam Leonid Brejnev, Margaret Tatcher, Indira Gandhi, Saddam Hussein, Sandro Pertini, Yasser Arafat, Helmut Schmidt, Erich Honecker, Kim Il Sung, Francesco Cossiga, Fidel Castro, Massayoshi Ohiro e Hua Goufeng (China). O então presidente do Brasil, João Batista Figueiredo, não compareceu. Manteve a unidade da Iugoslávia à força, com mão de ferro, impondo férrea ditadura. Após a sua morte, a Iugoslávia se desintegrou em pouco tempo.

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